domingo, 20 de novembro de 2011

Pó de pirlimpimpim e ciência

Por Naira Pithan, 6º Período
Monteiro Lobato (1882-1948) nasceu em Taubaté (SP), e durante sua infância passava horas brincando, subindo em árvores e pescando no riacho, sem dispensar bons livros da biblioteca do avô. Formado em Direito na Faculdade Largo São Francisco (SP), preferiu ser escritor. No livro Sítio do Picapau Amarelo, ele cria cenários bem especiais e brasileiros, com histórias simples e fáceis de compreender. Monteiro Lobato respeitava a inteligência das crianças e dos jovens. Todos os seus personagens têm opinião e são respeitados nas histórias, como os netos de Dona Benta que eram ouvidos e tratados com carinho, convivendo com os adultos de igual para igual. Essa atitude era impensável na época em que Lobato viveu e frequentou a escola. Ler Lobato pode ser uma atividade de grande prazer para biólogos e curiosos por temas da ciência, pois em seus livros o autor aborda a ciência de uma maneira divertida e fácil de aprender. Os personagens do Sítio do Picapau Amarelo saem à procura de aventuras, como é o caso do Livro Viagem ao Céu. Neste livro, Narizinho, Pedrinho, Emília, Tia Nastácia, Visconde de Sabugosa e o Burro Falante vão conhecer de perto a Lua e as estrelas da Via Láctea graças ao pó de pirlimpimpim. E a ciência esbarra com a ficção, quando encontram São Jorge e o dragão na Lua, arrumam confusão em Marte e patinam nos anéis de Saturno. De maneira descontraída aprende-se com esse livro, astronomia, física, matemática e ciências. Essa história que revela o Universo foi escrita em 1932 quando pouco se sabia sobre o cosmos. Pensar em  naves espaciais não passava de ideia mirabolante dos cientistas da época. Não é à toa que Monteiro Lobato foi considerado um dos maiores autores e inventor da própria literatura infantojuvenil no Brasil. Envolvido recentemente em uma polêmica sobre racismo em sua escrita, Lobato merece ser lido e as crises transformadas em situações de aprendizagem.

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