sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Bom e Mau Exemplos


Por Thaiane Abrascio Porfirio, 6 º Período

O bom exemplo da reportagem é José Noel Prata, Técnico em produção e transmissão de energia e Produtor rural. Na contramão do que estamos acostumados, adquiriu de seus próprios recursos uma área a qual transformou em uma reserva ambiental, a RPPN Vale Encantado.
Segundo Noel a reserva tem como objetivo, além da preservação de fauna e flora, o “envolvimento de instituições de ensino, qualquer que seja o nível, Básico, graduação e Pesquisadores.” 
Durante os dias 24 a 27 de Agosto, foi realizado o primeiro congresso de Meio ambiente promovido pela Vale Encantado, "Cerrado: Diversidade e Recursos". Para Joel os obejtivos do encontro eram “divulgar o cerrado e discutir sobre sua biodiversidade e recursos”. Provoquei Joel em uma pergunta. Pedi que ele se imaginasse dotado de algum poder sobre as pessoas. Quis saber quem Joel obrigaria a ver o evento. A resposta me surpreendeu: "Faria exatamente o que estou tentando fazer sem ter o poder. Os jovens são os herdeiros do planeta, e é deles que eu gostaria de ver essa sala cheia. Minha geração produziu muito, nós fomos a Lua, criamos a Televisão e uma série de outras coisas. Mas o custo de nossas criações foi muito alto. Não sou de transferir as responsabilidades, mas eu vejo nos jovens uma cabeça muito acima da nossa, na forma de enxerga o planeta. Na minha época nem se falava na questão ambiental e o próprio governo já apoiou construção de drenagem de várzeas para a produção de arroz, o que foi um assassinato a nascentes. O que hoje não tem a menor condição de acontecer”.

O Mau exemplo do título da reportagem diz respeito aos universitários, que não chegaram a trinta na platéia do evento. Infelizmente o público alvo segundo Noel, “cursos como Biologia, Eng. Ambiental, Gestão Ambiental, e áreas afins” não compareceu ao evento. Com três cursos de biologia na cidade, e outros tantos de áreas afins, é uma vergonha a falta de participação dos acadêmicos em um evento que ofertou tantos aprendizados.  Uma sugestão é que para o próximo evento mudem o título para “Festa (Pancadão) do Cerrado”, talvez atraia mais o público.
Vários projetos estão sendo desenvolvidos com a fauna da área, como falconídeos e o tatu canastra animal quase desaparecido de nossa região. 

Rapel combina com Cientista?

Por Raphaela Pagliaro, 4ºPeríodo


Vocês sabiam que nossa ilustríssima professora de Princípios Químicos e Bioquímicos pratica Rapel? Para quem não sabe, rapel é uma espécie de escalada vertical utilizando cordas e o corpo. É preciso preparo físico e coragem. Foi pensando na coragem da professora Vera Bonfim que resolvemos conhecer melhor esta história. A professora nos contou que a maior aventura vivida por ela foi em Caconde, São Paulo. Vera Lúcia Bonfim desceu uma montanha de quase dez metros, o que não é nenhuma brincadeira! Nossa professora esclareceu a origem de tanta confiança. Primeiro, é preciso buscar uma empresa idônea e certificar-se de que os equipamentos estão em bom estado de conservação. Em segundo lugar, Vera diz que é importante enfrentar cada desafio do rapel como se fosse o primeiro dia de prática, como a primeira vez. Para a professora, isso faz com que o praticante mantenha a máxima atenção e cuidado com a segurança para as trilhas e descidas. E tem mais! Nossa professora também praticou rafting, no Rio Pardo (Caconde/SP), acompanhada do irmão, seu companheirão nestas aventuras. No rafting a emoção está em descer um rio turbulento dentro de um bote inflável. Vera diz não ter medo das aventuras, e esclarece que o que fica é uma sensação de vitória. Completa: "dá vontade de voltar!". Ô professora, leva a gente da próxima vez....

Serra da Canastra: um paraíso logo ali




Por Naira Pithan, 6º Período

Exuberantes paisagens, que variam entre campos, campos rupestres com delicadas flores, cerrado típico e florestas com vegetação atlântica, compõem uma cadeia montanhosa, com diversas cachoeiras. Existem mais de mil espécies de animais e seis mil espécies vegetais vivendo nessa região.  Na Serra da canastra vivem várias espécies ameaçadas de extinção, como o tamanduá bandeira,o lobo guará, o veado campeiro, a lontra, o macaco sauá, o tatu canastra, o pato mergulhão e a onça parda. O Parque Nacional da Serra da Canastra, com mais de duzentos mil hectares, recebeu esse nome devido ao formato da serra que abriga e que se assemelha a um baú. Criado em 1972 para proteger as nascentes do rio São Francisco, começou a fazer parte dos roteiros de viagem, quando o turismo de aventura e o turismo ecológico entraram em cena. Considerado um dos mais belos cartões postais do Brasil o Parque tem como um dos atrativos a famosa cachoeira Casca D’Anta, com quase duzentos metros, a primeira grande queda do Rio São Francisco. Para quem gosta de acampar, as cidades em volta do parque oferecem várias opções de campings e também pousadas. A vida rural na região mantém tradições culturais, como a arquitetura do século XIX, os muros de pedra sem cimento, o queijo canastra e o carro de boir. Acesso pelos municípios de Delfinópolis, Sacramento e São Roque de Minas. Para saber mais www.serradacanastra.com.br. 

Quanto vale um professor?


Por Raphaela Pagliaro, 
4º Período. 

Acorda, não se compra um professor. Eles não estão á venda como jogos de sofá, ou aparecem em promoções do tipo "Liquidação, cinco professores por...". Infelizmente esta é a forma com que muitos dirigentes e gestores em nosso país tratam nossos professores. Algumas concepções consideram o professor um  técnico reprodutor de conhecimentos ou monitor de programas pré-elaborados (Tardif, 2002). Desde a antiguidade professores são tratados como escravos e o sentido de "dar aulas" foi levado tão a sério que até hoje parece ser caridade ou trabalho voluntário o ofício docente. Se pensar o custo ajuda a entender o valor que a sociedade dá a um grupo, o assunto fica muito sério. Um presidiário custa em média por mês ao Brasil, cerca de 1,7 mil reais. Em Minas Gerais, um aluno vale 145 reais. E afinal, quanto custa o  professor? No momento, em nosso estadi piso salarial de  369. Então, é legítima a greve dos professores?

O primeiro "chef" cozinhou nas cavernas


Por Amanda Prato, 6º Período

Parece que este feito não é apenas características dos humanos. A arte de cozinhar evoluiu muito antes de nós. Os hominídeos foram os primeiros cozinheiros do mundo. 
Não foi por cozinhar mal que o Homo erectus, que viveu a 1,9 milhões de anos se extinguiu. Mas as pesquisas indicam que o ato de preparar a comida possibilitou que os humanos tivessem mais chances de sobrevivência e de ter mais saúde por se alimentarem de comidas com mais calorias. Pesquisadores perceberam que os dentes molares dos hominídeos eram menores, assim como os maxilares e os órgãos internos, diferentes dos outros primatas. Isso porque os hominídeos possuíam a capacidade de processar esses alimentos com ferramentas e fogo, tornando os alimentos mais fáceis de serem digeridos.
Pra quem acha que otoda forma de cultura advém do que é essencialmente  humano...
Fonte: Folha de São Paulo,  agosto/2011

Fazendo as pazes com a preguiça


Por Letícia Lemes, 6º Período

Você pode até negar, mas a preguiça provavelmente esteve com você em vários momentos da sua vida, quase como uma  companheira fiel. No  dicionário a preguiça aparece como a demora ou lentidão em praticar algo que deveria ser feito rapidamente, normalmente algo imposto por  outra pessoa. Para o escritor Rubem Alves, a preguiça é uma forma de desobediência a essa imposição. Você simplesmente não quer obedecer ao outro. A preguiça relaciona-se ainda  com a ideia de autoria. Você  quer ser a maior autoridade sobre o seu corpo e, por isso, não deseja que outro mande nele. Portanto há na preguiça uma boa dose de anarquia, se entendermos que o preguiçoso luta desesperadamente  para dizer que quer tomar conta de si mesmo. Nesse contexto, a preguiça não pode ser considerada pecado ou falta de virtude, afinal, o preguiçoso se utiliza dela apenas para ter posse sobre ele mesmo.
Alguns filósofos dizem ainda  que sou necessária para o pensamento humano, e que grandes conhecimentos foram construídos a partir de mim, pois sou uma das molas para a criatividade. Tem muita gente aparentemente nada preguiçosa envolvida com este tema. Para saber mais visite o site www.elogiodapreguiça.com.br. 

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Editorial: conversa inaugural


Prof. Ana Paula Bossler,
Editora do Opilião

Pensem no Opilião nº 1 como se fosse um tubo de ensaio. Trata-se portanto de um espaço de experimentação. Um campo de testes para as idéias* e as palavras. Os autoras dos artigos aqui, alunas do nosso Curso, têm sido desafiadas a dar novas formas ao conteúdo. Este é um dos objetivos do recém criado Laboratório de Estudos sobre Cognição e Emoção, do qual fazem parte e que coordeno. Mas o Opilião também se alimenta de Interlocução! Por isso existir uma versão online (www.opiliao.blogspot.com). Lá o leitor poderá participar de enquetes, comentar, deixar sugestões e acessar links. Por exemplo, no artigo "Quanto custa um professor?" a aluna Raphaela cita Tardiff, um autor. Na versão online teremos um link para quem quiser saber se Tardiff é um estudiso ou um grupo de invertebrados! O Opilião será mensal. Boas leituras! * Só empregarei a ortografia unificada quando esta for ensinada nas escolas em Portugal. Ainda não é.